Haute Couture Fall/Winter 2024 - Confira os destaques do dia 1
A temporada de alta-costura para o outono/inverno 2024 começou e seu primeiro dia trouxe uma explosão de criatividade e inovação, confira os destaques:
Foto: Divulgação
Schiaparelli
Já consagrado por suas estruturas surrealistas, Daniel Roseberry apresentou uma coleção de renascimento para a sensualidade sofisticada, onde a Fênix é o símbolo não tão discreto dessa proposta. A modelagem estruturada destaca com volume e texturas o busto e o quadril, desenhando uma silhueta marcada em ampulheta na maioria de seus modelos, assim como o jogo de transparência.
Mesmo com a temática desse renascimento da sensualidade há um contraponto de "agressividade" nas aplicações estratégicas de spikes que dão alusão à espinhos florais, assim como o design de "penugens" pontiagudas desse pássaro mitológico.
Foto: Divulgação
Dior
Remontando às origens dos jogos Olímpicos, Dior criou uma apresentação digna do Olimpo homenageando o mundo dos esportes através de sua abordagem feminista e empoderadora, onde as mulheres são protagonistas da maior celebração ao esporte que será sediada esse ano na capital da moda.
Quimono ricamente bordado sobre maiô com recortes e bodies com corset e plumas douradas foram adaptados com o clássico "chiton", vestimenta clássica da antiguidade grega. Plissados e drapeados foram moldados em moulage, com pregas projetadas para acompanhar o movimento, e o drapeado evocava visualmente a estatuária clássica. O vermelho, considerado por Christian Dior como a "cor da vida", destacou-se como ponto de vibração.
A cenografia foi o ponto de conexão dessa narrativa, decorado com pinturas de algumas das séries mais emblemáticas de Faith Ringgold, a artista, feminista, ativista e educadora falecida em abril, aos 93 anos.
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Iris Van Herpen
Irreverente e sempre com uma visão à frente do tradicional, Iris Van Herpen apresentou o Haute couture dessa temporada em um formato inédito, estabelecendo de fato que a moda é sim uma forma de arte. As modelos estavam "penduradas" em molduras como se fossem quadros na parede, em uma alusão ao que foi chamado de "esculturas aéreas", um trabalho que levou um ano para ser desenvolvido através de uma perfomalidade e tecnologia já reconhecidos da estilista.
Explorando sempre novas formas de trabalhar a matéria prima, o destaque da vez ficou por conta dos cortes de tule e seda em meio à impressão 3D têxtil.
Foto: Divulgação
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