LOEWE Primavera/Verão 2025: Uma Celebração de Arte e Design
Desfile masculino da LOEWE SS25 celebra a arte com peças de Hujar, Mackintosh, Scarpa e Thek, fundindo moda e design em uma narrativa visual única.
Foto: Divulgação
A coleção masculina da LOEWE para a Primavera Verão 2025 se destaca como uma obra de arte viva, evocando a erótica da arte mencionada por Susan Sontag, onde o prazer sensual transcende a interpretação. O desfile, foi montado como um exercício de subjetividade curatorial e associação narrativa, destacando obras de Peter Hujar, Charles Rennie Mackintosh, Carlo Scarpa e Paul Thek. Cada um desses artistas trouxe uma abordagem única e independente à sua arte, elevando objetos cotidianos ao status de extraordinário.
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Considerando a temática erótica o uso de penas em acabamentos diversos, evocam a interpretação de uma exibição entre aves, onde o ornamento se torna destaque entre a "multidão" onde o simples é o ponto de partida para uma conquista sensual. A coleção reflete a radicalidade silenciosa de Hujar, Mackintosh, Scarpa e Thek, transformando o ordinário em extraordinário e desafiando o espectador a explorar o prazer sensual da arte em suas múltiplas formas.
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Peter Hujar (1934–1987) é celebrado por seus retratos em preto e branco que capturam a essência dos seus sujeitos. Seus amigos, amantes e protagonistas da cena do centro de Nova York nas décadas de 1970 e 80, são imortalizados com uma intensidade física única. Hujar também explorou a profundidade em paisagens, animais e objetos cotidianos, como o único sapato de salto alto apresentado neste desfile, infundindo-os com um significado profundo e ressonância emocional.
Charles Rennie Mackintosh (1868–1928) foi um pioneiro na arquitetura e design escocês, conhecido por sua fusão inovadora de estilos, combinando a fluidez da Art Nouveau, a clareza minimalista do design japonês e os princípios emergentes do modernismo. Suas criações, como a Half Moon Chair e o Hat, Coat and Umbrella Stand, projetadas em 1897, exemplificam seu talento em criar ambientes decorativos completos, onde cada peça é uma obra de arte em si.
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Carlo Scarpa (1906–1978), um influente arquiteto e designer italiano, é celebrado por seu uso inovador de materiais e seu meticuloso artesanato. Suas obras, como a renovação do Museu Castelvecchio e o Cemitério Brion, combinam concreto, madeira, vidro e metal de maneira a realçar a experiência sensorial. Seus designs de mobiliário, incluindo o cavalete apresentado no desfile, mostram a beleza natural dos materiais e incorporam técnicas intrincadas de junção.
Paul Thek (1933–1988) é um dos artistas mais originais do pós-guerra, conhecido por suas pinturas, esculturas e instalações narrativas imersivas. Em "The Personal Effects of the Pied Piper", Thek utiliza objetos cotidianos fundidos em bronze para criar uma evocativa morada florestal do Flautista de Hamelin, explorando temas universais de transformação e a natureza efêmera da existência.
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A mise-en-scène do desfile da LOEWE SS25 é tanto um quarto quanto uma paisagem, uma arena onde a fantasia encontra a realidade. A fragmentação do cenário cria um espaço habitado por personagens imaginários, movendo-se entre o capricho dos contos de fadas e os rituais sagrados da vida cotidiana. Esta narrativa visual rica e multifacetada convida os espectadores a se engajarem com as peças em seus próprios termos, honrando o espírito da erótica da arte de Sontag.
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