SPFW N59: Dendezeiro celebra a cultura do Norte com Brasiliano 2

Dendezeiro homenageia o Norte na SPFW N59 com alfaiataria, carimbó e referências amazônicas na coleção Brasiliano 2.

Foto: Agência Fotosite

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Na SPFW N59, a Dendezeiro voltou à passarela com a parte dois de sua jornada Brasiliano — e o novo destino dessa tour criativa foi o Norte do Brasil. A coleção apresentada por Hisan Silva e Pedro Batalha, fundadores da marca baiana, prestou uma homenagem cheia de respeito, beleza e significado à região amazônica, especialmente ao Pará.

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Com forte presença da cultura nortista, a “Brasiliano 2” é um passo adiante na proposta da Dendezeiro de redescobrir o Brasil por meio da moda. Após o sertão nordestino protagonizar o capítulo anterior, agora é a vez dos rios, das palhas, dos peixes e do carimbó ocuparem o centro da narrativa estética da marca.

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Mais do que uma coleção, o desfile foi um gesto de escuta e reverência. Os estilistas não se colocaram como especialistas, mas como criadores atentos e sensíveis. “Foi um mergulho muito feliz”, afirmaram nos bastidores. E essa sensibilidade se traduziu em peças que equilibram com maestria a essência urbana da Dendezeiro com elementos da Amazônia:

• Alfaiataria em tons de verde floresta e terrosos

• Bordados de rios e peixes pintados à mão

• Tapeçarias e palhas artesanais

• Camisetas com frases que celebram as origens nortistas

• Bolsas em forma de botos e outros animais típicos

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A trilha sonora embalada pelo carimbó deu o tom desde o primeiro look — um conjunto de bermuda e paletó creme com lenço azul — até o encerramento apoteótico com Gaby Amarantos desfilando uma maxissaia de palha artesanal. A cantora paraense, ícone da cultura local, foi acompanhada por nomes como Liniker no casting, reforçando o compromisso da marca com representatividade.

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Entre as muitas referências, a coleção também evocou a história da Cabanagem, revolta popular liderada por negros e indígenas no Pará no século 19. Assim, a Dendezeiro não apenas cria roupas, mas também reposiciona o olhar da moda brasileira — ainda muito centrado no Sudeste — para outras regiões e narrativas igualmente ricas e fundamentais.

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Com “Brasiliano 2”, a Dendezeiro confirma sua maturidade criativa e seu compromisso com uma moda autoral, engajada e profundamente brasileira. E mais uma vez, nos lembra que vestir-se pode — e deve — ser um ato político, sensível e transformador.